Assisto maravilhada ao movimento, das folhas da mangueira. Suave,
leve, solto, delicado e com tanta subtileza que não me apercebo de que alguém
também suave, leve, solto e delicado se aproxima de mim, é um corpo que se
movimenta como se de um bailado se tratasse, como quem espera o perigo ao
dobrar de qualquer esquina, e assim ao seu jeito de quem está em alerta
permanente chega devagarinho, confundindo os meus sentidos que nunca foram
educados para tanta beleza e simplicidade. Retraio-me, fico enternecida,
encantada, também quero sair de Timor, sentindo os passos que neste momento me
são inaudíveis.