domingo, 31 de janeiro de 2010

Quando finalmente identificamos o que nos atormenta, podemos baixar as armas e partir em paz em busca da felicidade.
Foi um desabafo...boa semana.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Não interpretem mal quando coloco estas conversas de mulheres.
Eu sou mulher apenas me questiono porque não somos mais unidas.
E estamos sempre a tentar encontrar "falhas" nas outras mulheres.
E por favor não me digam que o motivo é "marcação de território", estou cansada da idade da pedra ou do fogo!

Conversa de mulheres

Ela: Uau! Que gira que estás?
Ela1:Obrigada, apeteceu-me.
Ela 2: Passarinho novo!
Pergunto por curiosidade, as mulheres só se arranjam quando há homens por trás? Ou quem diz estas coisas há muito perdeu a auto - estima e só se imagina a produzir novamente se aparecer alguém?

Conversa de mulheres

(Dirigida a mim)
Ela: Tens que te cuidar mais!
Eu. Mais!? Mas eu cuido muito bem de mim!
Ela: Sim, mas…devias…
Eu: Olha, tenho cuidados interiores e alguns exteriores, queres ir fazer aeróbica comigo?
Ela: Andas num ginásio?
Eu: Sim, comecei há pouco
Ela: Pois não se nota muito
Eu: (com vontade de a mandar a uma certa parte) os meus quilos a mais incomodam-te?

Conversa de mulheres

Ela: já viste aqueles dois?
Ela1: Já! Aquilo não é um casamento!
Ela: Eu não conseguia viver assim.
Ela2:Nunca andam juntos.
Ela: Para mim tudo teria acabado há muito.
Eu: (com os meus botões) Pois enquanto falam da vida dos outros não pensam na vossa!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Será verdade que as mulheres gostam muito de ser elogiadas pelo sexo masculino? É que eu gosto e não gosto. Não sei definir bem esta questão. Digamos que sim mas o problema é o exagero e quando sinto que estou a ser demasiado elogiada, tenho a sensação de que alguém anda à procura de uma mãe e não de uma companheira.
Não sei se me faço entender.
Dizem que tenho um ar muito maternal...obrigada! Tenho dois filhos de quem gosto muito e juro que não quero nem mais um!
Falo com os meus botões…questiono-me porque não tenho ninguém porque é que ninguém se aproxima.
Pois é..sei bem a resposta…quando alguém se tenta aproximar fujo a sete pés! Porquê? Isto é que eu não consigo explicar, talvez um Psicólogo ou um Psiquiatra ou alguém que não tenha nada para fazer, assim como eu, tenha a resposta.
Estou aqui, não sei bem porquê. É tarde, não. Estou entregue aos meus pensamentos mas apetecia-me conversar. Hoje não tenho essa sorte ficarei por aqui deambulando pela casa e por um livro que teima em não ser lido. Nada, não me apetece nada a não ser conversar mas com quem? É Sábado, não devo incomodar ninguém. Saíram, estão com familiares ou amigos, descansam em qualquer local.
Bem resta-me a minha própria companhia. Apetecia-me ouvir a voz de alguém. Pode ser que o Cosmos me envie alguma chamadita ou um ésseemezito, também não estou a pedir muito ou estou? Há noites assim! Um Bom Fim de Semana

Não gosto de homens que se queixam

Esta é a verdade. Não suporto homens que se lamentam constantemente.
Que fazem da vida um mar de desgraças e tristezas que pronunciam a palavra desespero da mesma forma que pronunciam a palavra cerveja.
Detesto gente piegas que não avança que não enfrenta de frente as adversidades. Que lamentam a sua pouca sorte,balbuciando frases decoradas de romances de cordel.
Tira-me do sério frases - tipo “quando eu tinha…”, “quando eu fazia…”, “quando eu ía…”, “quando eu podia…”
O mundo não avança enquanto nós não quisermos, culpabilizar tudo e todos por aquilo que nos acontece é mais fácil. A minha amiga Morgana é fantástica quando diz “Desconhecia o mecanismo de desresponsabilização das opções. Desconhecia que se pode optar e queixar, ficando assim, liberto do peso de cada escolha feita. A eterna leveza da vitimização social...”.

Mãe

Olhas para mim com aquele ar de mãe que está em pânico, pelos difíceis momentos que atravesso. Não falas, não dizes nada. Estás aqui, apenas isso. Não precisamos de nada para nos entendermos. Tento disfarçar o óbvio porque também sou mãe, e tu…sorris como se me dissesses de que serve essa atitude? Conheço-te bem demais.
Devolvo-te o sorriso e sinto os meus olhos encherem-se de lágrimas.
Obrigada Mãe

Depois de ti…

Estou sentada naquela que é a minha, a nossa praia, como dizíamos “o nosso quintal”. Não está aqui ninguém, esta é a vantagem de viver junto à praia.
É Inverno mas aqui, na Fuseta, nunca é Inverno, o Sol brilha e faz-me esquecer por segundos tudo o que aconteceu…pego novamente na folha de papel, não sei como vai ser, não sei viver contigo, saberei viver sem ti?
Depois de ti, ficou um vazio, uma dor , um sentimento de derrota. Perdi, perdi tudo aquilo em que acreditava. Achava que o Amor por si só vencia todos os obstáculos mas não é verdade e tentei, meu Deus como tentei segurar este casamento. Não foi em vão, isso não. Temos dois filhos lindos e vivemos momentos de Amor intenso e sei que nunca te vou esquecer.
Estou sózinha numa terra que não é a minha, deito-me na areia e deixo que as lágrimas invadam o meu rosto.

Há 3 anos…Não sei se me agrada

Fui de comboio a Lisboa com os meus filhos mas não me recordo o motivo.
Sentámo-nos naqueles lugares do meio que têm uma mesa. Acomodámo-nos e retirámos o habitual, de uma mochila, plasticina,canetas,folhas de papel…e assim começou a nossa viagem até à capital.
Eis que sinto aquela pressão de quem olha para nós, levanto os olhos e tento procurar o tal olhar que sei que está aí, algures. Aí está..dois ou três lugares à frente está sentado um homem que me observa,pois,fico atrapalhada,fico sempre. Começo a corar o que me enerva profundamente (bolas tenho 35 anos! Já era tempo de mudar isto!), ele percebeu e sorriu, pior fiquei. Já não sabia como me havia de sentar,fiquei vulnerável,já não estava a ser eu nos jogos, brincadeiras e conversas com os meus filhos.
Penso, esta é daquelas situações com que sonhamos acordadas,aquela sensação de atracção por quem não se conhece mas que apetece sentir nem que seja uma só vez e no entanto fico atrapalhada, nervosa e não sei se sabe assim tão bem (estranho este mundo das mulheres).
Quando finalmente um dos meus filhos me pediu para trocar de lugar, respirei de alívio.
Acabei de encontrar alguns rascunhos e outros mais que vou colocar aqui,apenas porque me apetece.
“Para ti…sempre…até à eternidade”, este é um daqueles minúsculos cartões que acompanham ramos de flores que recebemos e guardamos mas não sei bem porque motivo.
Olho para o cartão e delicio-me com as palavras. Sim, delicio-me porque foram sentidas, fazem-me sorrir e recordar um dos nossos momentos, tem 8 anos! Rasgo-o e deito-o no lixo.
Não faz sentido, aprendi que os momentos ficam dentro de nós para os recordarmos, não são os cartões ou os papéis acumulados anos a fio que farão com que me lembre que fui feliz contigo, um dia.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Conversa de mulheres

A conversa girava em torno da beleza feminina, como são as mulheres e de que é que os homens gostam. Umas diziam que os homens apreciavam silicone e diversos apetrechos. Outras assim como eu,achávamos que os homens gostavam do silicone,apenas porque estimulava o seu imaginário mas na verdade gostavam de mulheres normais.
Então decidi ao início da noite enviar uns sms a 4 amigos e eis que a resposta foi...silicone.
Fiquei surpreendida!
Definitivamente não entendo os Homens.

De onde vens?

Falo da energia...daquela que me dizem que tenho, daquela que eu não entendo mas que me afirmam que possuo e transbordo e distribuo...
Assusta-me. É verdade, assusta-me não saber de onde vens e para onde me levas. Assusta-me não entender como é que demonstro essa tua existência se por vezes me sinto tão frágil. Assusta-me que me vejam de uma forma que nem sempre enxergo e que me condiciona o dia a dia.
Para que serve tanta energia?
Para partilhar? Para ajudar? Para transmitir? Para estar atenta aos outros?
Tanta energia dá cabo de mim...
"Posso não concordar com o que dizes mas luto para que o possas dizer" AMI
Esta frase estava escrita numa t-shirt que ofereci ao meu ex-marido há uns anos atrás,hoje lembrei-me dela.
É o que penso é o que sinto.

Amizade é…

Dar espaço, dar tempo,
saber ouvir, saber esperar,
saber apoiar, saber partilhar,

É chorar e rir juntos.
Mas é saber partir,
sem mágoas,
de coração cheio, porque estivémos presentes no momento certo.
É, por vezes, difícil aceitar
que chegou o momento.
Amizade é saber que podemos contar sempre e em qualquer altura com uma palavra de conforto.
A Amizade é eterna se a soubermos entender.

Vinte anos se passaram…

Vinte anos se passaram…
Meu primo.
Choro-te…
Dói-me a alma.
No silêncio da noite,
Sinto a tua falta.
Quero Gritar
Bem alto o teu nome,
Não consigo.

A MORTE
Separou-nos,
Perdi-te para sempre.
Choro-te sózinha,
No silêncio da noite.
Quero libertar-me,
Não consigo.

Sinto a falta
Do teu sorriso,
Dos teus olhos
Meigos,
Dos teus braços
Fortes
Que me protegiam.

Quero falar de Ti,
(faz bem – dizem)
Não consigo.
Choro-te hoje,
Chorei-te ontem
E hei-de chorar-te amanhã.

Vinte anos se passaram…

A minha árvore

As raízes profundas guardam o meu passado que me acompanha onde quer que vá, alimentam-me suavemente dando espaço para absorver apenas o que é verdadeiramente importante, de quando em vez passam alguns dos meus medos que tento que não passem do tronco…estrutura que me mantém firme, segura que me faz agarrar a vida de frente enfrentando ventos e tempestades de pé.
Ramos…
São tantos os caminhos que percorri e que tenho que percorrer
uns suaves outros sinuosos
e as Folhas…de tantos feitios e de tantas cores!
São todos os que passam na minha vida
Que me deixam marcas, mais ou menos profundas
São aqueles que perdi pelo caminho; os que amei, os que chorei
São aqueles que sempre estiveram ao meu lado (longe ou perto)
São aqueles que me abandonaram
São aqueles que amo e aqueles que choro,
São aqueles que me fazem rir
Na minha árvore vivem todos vós e assim sou EU.

Depois de uma conversa...louca

Estava a pensar no que leva as pessoas a crer que a vida tem e deve ser planeada?
Por mais que tente não me consigo imaginar a planear a minha vida…provavelmente serei para muitos desorganizada ou desorientada mas o que acontece é que sinto que o que é planeado não tem sabor. Não me refiro a tudo, evidentemente. Como posso pensar no que vou fazer daqui a um mês? Ou daqui a 5 anos?
Sei o que vou fazer amanhã e se surgir um imprevisto não deverei alterar os meus planos? Não posso?
Creio que muitos dos que conheço estão de tal maneira controlados com os planos que descontrolaram toda a sua vida de tal forma que não conseguem ultrapassar um obstáculo quando o tal plano não é concretizado.
Alguém me dizia que tudo na sua vida está organizado…tudo…tudo. “Obedeço criteriosamente às rotinas estabelecidas por mim e pelo meu marido”, não tive palavras.
Fiquei a pensar qual de nós duas seria mais louca…já baixinho perguntei-lhe “Também tens horas e dias para…” Do seu metro e oitenta respondeu-me com desdém, olhando para mim de alto a baixo “Claro que sim”
Juro que não faço nenhum comentário!!!

De que precisamos nós?

De Tempo…

Para respirar
De tempo para sentir o sol que aquece o rosto nu
Que aquece a alma que nos faz sorrir…
De tempo para rir, para sonhar
De tempo para amar
De tempo para olhar a natureza
De tempo para ouvir a água que corre no ribeiro
De tempo para apreciar a vida
De tempo para me ouvir
De tempo para te ouvir…

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

À mesa

Estávamos a comer uma Francesinha,eu bebia uma cerveja e os meus filhos sumo de laranja.
Era um dia de festa... a certa altura o mais novo olha para mim e diz-me com ar sério e grave, franzindo o sobrolho.
ele:Princesa...não devias beber cerveja!
eu: Porquê?
ele: Faz-te mal.
eu: Não. O que faz mal são os exageros. Hoje também estás a beber sumo e por norma bebes água! E eu não bebo todos os dias.
(entra o mais velho na conversa)
Desculpa mas acho que a mãe pode beber o que quiser e não tem que se justificar a ninguém, é adulta e responsável, era mesmo o que faltava!

(Acho que aprendeu alguma coisa comigo nestes 10 anos...)

Conversas de...

És nova devias arranjar alguém...

Porque raio é que uma mulher não pode estar sózinha? Faz-me alguma confusão entender o sentido desta frase. E acho que vai sendo tempo de a entender até porque deve ser das frases que mais ouço onde quer que vá...e por norma são sempre as mulheres que a colocam.

Estar sózinha, incomoda os outros? Vista como um bicho raro, não tem marido mas vai para todo o lado com ou sem os filhos...

Irritará quem é casado a sensação de liberdade que os não casados têm?

Achará alguém de que a Felicidade passa mesmo por termos ao nosso lado uma pessoa? Se a minha Felicidade tiver que depender dos outros...então acho que nunca vou ser Feliz...
Se a minha Felicidade depender da existência de um companheiro...estarei na mais profunda solidão e na eminência de fazer uma péssima escolha.

É sempre bom ter alguém.
Será mesmo?
Ter alguém para...dizer que tenho. Não obrigada.
Ter alguém para que não me olhem de soslaio, não obrigada.
Ter alguém porque está na altura. Porque os filhos vão crescer, sair de casa e fico sózinha!
Obrigada a todos pelos excelentes conselhos. Mas não...não por estes motivos.

Conversa no carro

Quando fui buscar o meu filho mais novo à escola.

ele: Boa tarde, Princesa!
eu: Boa tarde, meu Príncipe!
ele: Que seca, não fomos ao recreio! Ficámos todos juntos na mesma sala.
eu: Mas porquê?
ele: Para a professora tomar conta de nós...Mãe estava tanto calor na sala que eu estava a abafar. Tive que vir cá fora,rapidamente para desabafar.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Silêncio

É no silêncio da noite que a minha alma encontra a tranquilidade.
Alimento abençoado para quem tantas vezes está perdido.
Silêncio, por favor! Deixem-me ouvir a minha voz.
Não. Não é a minha voz que quero ouvir.
Quero ouvir a voz do meu ser neste silêncio que acalma o meu espírito que me deixa voar para longe de mim que me deixa sentir a leveza do meu ser que me deixa amar aquela que sou...longe de olhares indiscretos, prontos a apontar o dedo a esta mulher.
É no silêncio que sou EU!

Dentro de mim habita a dualidade…

Observo a paisagem, triste, verde em meu redor
Ouço os meus pensamentos perdidos em busca de um segundo luminoso
Que me faça compreender porque sinto este vazio interior.
Sei porquê.
Porque sou inconsequente porque me perco entre o coração e a razão. Porque sei que nada faz sentido nos meus actos tresloucados de quem incessantemente procura o Amor.
Sei onde ele está…dentro de mim.
Ignoro-o, procurando satisfazer os meus impulsos momentâneos em troca de nada…
Dentro de mim habita a dualidade…

Vida

(Augusto Branco, Registro nº 449.877/ Livro 877/ Folha 37)



Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.



Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.



Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.



Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.



Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!



Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).



Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!



Viva!!



Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" para ser insignificante.
Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!

Charles Chaplin

Se não puderes ser um pinheiro

Se não puderes ser um pinheiro no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale, mas sê
O melhor arbusto à margem do regato
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso…
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

(Pablo Neruda)

A raposa

Foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia – disse a raposa.
- Bom dia – respondeu o principezinho com delicadeza. Mas ao voltar-se não viu ninguém.
- Estou aqui – disse a voz -, debaixo da macieira…
- Quem és tu? – disse o principezinho. – És bem bonita…
- Sou uma raposa – disse a raposa.
- Anda brincar comigo – propôs-lhe o principezinho. – Estou tão triste…
- Não posso brincar contigo – disse a raposa. – Ainda ninguém me cativou.
- Ah! perdão – disse o principezinho.
Mas, depois de ter reflectido, acrescentou: – Que significa “cativar”?
- Tu não deves ser daqui – disse a raposa. – Que procuras?
- Procuro os homens – disse o principezinho. – Que significa “cativar”?
- Os homens – disse a raposa – têm espingardas e caçam. E uma maçada! Também criam galinhas. É o único interesse que lhes acho. Andas à procura de galinhas?
- Não – disse o principezinho. – Ando à procura de amigos. Que significa “cativar”?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Significa “criar laços…
- Criar laços? -
Isso mesmo – disse a raposa. – Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti. não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti…
- Começo a compreender – disse o principezinho. – Existe uma flor.., creio que ela me cativou.
- É possível – disse a raposa. – Vê-se de tudo à superfície da Terra…

Antoine de Saint-Exupéry. O Principezinho

Amigos

Tenho amigos que não sabem o
quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes
devoto e a absoluta
necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais
nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela
se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme,
que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar,
embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os
meus amores, mas enlouqueceria
se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem
o quanto são meus amigos e o quanto
minha vida depende de suas existências ….
A alguns deles não procuro, basta-me
saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir
em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com
assiduidade, não posso lhes dizer o
quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica
e não sabem que estão incluídos na
sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta
que os adoro, embora não declare e
não os procure.
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem
noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis
ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte
do mundo que eu, tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do
meu encanto pela vida.
Se um deles morrer,
eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam,
eu rezo pela vida deles.
E me envergonho,
porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos
sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de
lugares maravilhosos, cai-me alguma
lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer …
Se alguma coisa me consome
e me envelhece é que a
roda furiosa da vida não me permite
ter sempre ao meu lado, morando
comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam
ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.

Vinícius de Moraes

domingo, 3 de janeiro de 2010

Morre lentamente quem não viaja

"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»

Pablo Neruda

sábado, 2 de janeiro de 2010

Sem destino

Que vontade…que desejo…
Ah! como gostava de sair sem destino,
poder sair e não voltar


Voltar apenas quando o coração mandasse
Voltar sim ou ficar para sempre
perto ou longe de algo
mas sem destino,
no espaço, no tempo
partir de dentro de mim,
em busca de mim
este é o destino de quem sai sem destino…

procurar,procurar
e não encontrar o caminho…

Espelho meu

Não posso deixar de te admirar…
És o único que não me enganas
ou tentas disfarçar aquilo que mais salta à vista.


Sinais de cansaço,
anos que passam…
a tristeza ou a alegria no olhar.


As lágrimas que se soltam, a dor espelhada nas rugas que teimam vaidosamente sobressair por cima de cremes e outras coisas mais.


Observas cada passo,cada gesto e nada te incomoda…
estás aí para que não me esqueça de mim,de quem sou…

para ti e para os outros

OBRIGADA,
Espelho meu…