"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»
Pablo Neruda
Minha Amiga, como sempre com bom gosto.
ResponderEliminarRetiro esta frase deste magnifico texto:
"Morre lentamente, quem não troca o certo pelo incerto, para correr atrás de um sonho".
Beijos
Paulo
Olá, minha Amiga.
ResponderEliminarAcrescento ao meu comentário anterior;
Como referes, e já comentaram, aqui, no teu Blog, valerá a pena o "banho-maria"? Não será o oposto do que Pablo escreve?
Como se refere no belíssimo texto de António Gedeão e dado a conhecer pela voz de Manuel Freire pela primeira vez em 1969 no programa de televisão "Zip-Zip"; "Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida tão concreta e definida como outra coisa qualquer".
Beijos
Paulo