Fui de comboio a Lisboa com os meus filhos mas não me recordo o motivo.
Sentámo-nos naqueles lugares do meio que têm uma mesa. Acomodámo-nos e retirámos o habitual, de uma mochila, plasticina,canetas,folhas de papel…e assim começou a nossa viagem até à capital.
Eis que sinto aquela pressão de quem olha para nós, levanto os olhos e tento procurar o tal olhar que sei que está aí, algures. Aí está..dois ou três lugares à frente está sentado um homem que me observa,pois,fico atrapalhada,fico sempre. Começo a corar o que me enerva profundamente (bolas tenho 35 anos! Já era tempo de mudar isto!), ele percebeu e sorriu, pior fiquei. Já não sabia como me havia de sentar,fiquei vulnerável,já não estava a ser eu nos jogos, brincadeiras e conversas com os meus filhos.
Penso, esta é daquelas situações com que sonhamos acordadas,aquela sensação de atracção por quem não se conhece mas que apetece sentir nem que seja uma só vez e no entanto fico atrapalhada, nervosa e não sei se sabe assim tão bem (estranho este mundo das mulheres).
Quando finalmente um dos meus filhos me pediu para trocar de lugar, respirei de alívio.
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