quinta-feira, 22 de abril de 2010

O meu avô

O meu avô era um homem do campo.
Educador nato, calmo, sério
rígido e afável.
Em menina adorava
estar com ele.
Guardo na minha memória,
os serões em volta da lareira,
guardo com ternura,
a sua capacidade de contar histórias.
Era dos momentos mais importantes
do dia para mim.
Sentava-me numa cadeira
pequenina de palha
e devorava cada gesto, cada palavra
cada som...
não importa qual a história.
Pois era como se fosse sempre uma nova história
e eu imaginava a cena, o espaço, a acção.
Foi assim que aprendi a gostar
de histórias.
Foi assim que aprendi a gostar de contar
histórias.
Sempre que tenho um grupo de crianças
à minha frente, lembro-me
de Ti e de mim.
Obrigada

2 comentários:

  1. Anónimo laranja e mais qualquer coisinha, diz:
    Um testemunho, um bom exemplo.
    Não devemos esquecer esses bons momentos, essas boas recordações. Boas pessoas que devem perdurar para sempre.
    Agradeço a partilha que faz desses momentos únicos e pessoais. Este espaço é sinonimo disso.
    Muito obrigado.

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