Há uns meses a esta parte tenho feito um exercício pessoal de me desapegar das coisas.
Apesar de ser algo que nem sempre é fácil, é verdade que esta terapia tem tido os seus efeitos positivos em diferentes áreas da minha vida.
Ao longo deste período converso com pessoas que fazem o mesmo e como se sentem depois de o fazerem.
Sentei-me no chão e abri uma caixa de cartão colorida, lá dentro havia postais de boas festas, bilhetes de concerto do tempo da outra senhora, de uma ida ao cinema, pequenos cartões e recordações mínimas, como porta-chaves ou bonequinhos e uma série de coisas que não sei para que servem.
Parei para pensar e veio-me à memória um provérbio que diz “guarda o que não presta terás o que é preciso”. Então peguei em todos os objectos e recordei cada momento, cada história, cada acontecimento.
Sorri, é agradável recordar.
Compreendi nesta minha abordagem que estava demasiado presa a algo que já não existia mais. Mas estava decidida a avançar.
Ao guardarmos estas coisas, acreditamos mesmo que um dia nos irão ser úteis? Será uma questão cultural? Queremos permanecer naquele tempo por segurança? Foi naquele tempo que fomos felizes? Não aceitamos que esse tempo já passou?
Como iniciei uma fase de mudança relativamente a esta questão recordei as conversas e o que tenho lido sobre este assunto.
Permanecermos agarrados a objectos não nos dá espaço para novas situações, para abrirmos as portas da nossa alma, para deixarmos a vida avançar, para sorrir, porque constantemente tropeçamos no Passado e a Vida é hoje, é agora é aqui.
As coisas atrofiam-nos o espírito, libertem-se e sintam a leveza, o bem estar e alegria de não ter coisas que nos entravam.
As coisas importantes estão dentro de nós…
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